ANTROPOLOGIA NA PANDEMIA
Observatório da deficiência e Covid-19 no Brasil. Entrevista com Éverton Luís Pereira.
Por Juana Valentina Nieto-Moreno . 25/05/2022
O Observatório de Deficiéncia nasceu com o objetivo de juntar pesquisadores de diversas disciplinas, interessados nesta questão para produzir conhecimento e insumos para o desenvolvimento de políticas públicas, produção científica e mídia. (veja o site Observatório de Deficiência). CONTINUAR LENDO
Dinamicas migratórias nas cidades amazônicas em tempos de Covid-19
25/06/2021 - Por Valentina Nieto
Entrevista com o professor Dr. Sidney Antônio da Silva (PPGAS-UFAM). LER
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Histórias micro de uma epidemia esquecida. Entrevista com Raquel Lustosa Alves e Flávia Lima
04/09/2020 - Por Valentina Nieto
Flávia Lima é jornalista de comunicação pública na EBC e especialista em saúde coletiva pela FIOCRUZ e Raquel Lustosa é mestre em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco e graduada em Antropologia na Universidade de Brasília. As duas fazem parte da equipe de pesquisa coordenada pela antropóloga Soraya Fleischer, professora do Departamento de Antropologia da Universidade de Brasília e pesquisadora do IBP. Recentemente foi publicado o livro Micro: contribuições da Antropologia, organizado por Flávia Lima e Soraya Fleischer, que reúne onze capítulos, elaborados por diversas pesquisadoras, definidos a partir das histórias mais frequentes contadas pelas mães das crianças com microcefalia: mulheres, homens, crianças, doutores, medicamentos, escolas, transportes, dinheiros, benefícios, mídias e ciências. CONTINUAR LENDO
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Os desafios de enfrentar a pandemia de Covid-19, nas aldeias e cidades amazônicas: relato de um antropólogo tukano
12/08/2020 - Por Valentina Nieto
João Rivelino Rezende Barreto ou Yúpuri, que significa guardião das portas do universo em língua Tukano, foi o primeiro indígena brasileiro que concluiu o doutorado no PPGAS-UFSC. Defendeu em junho de 2019 sua tese “ÚKŨSSE: forma de conhecimento TUKANO via arte do diálogo KUMUÃNICA” na UFSC, em Florianópolis. Atualmente mora em Manaus, onde trabalha como professor no Curso Pedagogia da Faculdade Salesiana Dom Bosco (FSDB/MANAUS/AM), coordena o Núcleo de Estudos, Acompanhamento e Pesquisas Indígenas (NEAPI) e é pesquisador do Instituto Brasil Plural. Conversamos com ele sobre seu trabalho como pesquisador indígena e sua difícil experiência com a doença do Coronavirus. CONTINUAR LENDO
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Carta de solicitação de medidas urgentes para os indígenas amazônicos
05/08/2020
Um coletivo de antropólogas/os preocupadas/os pela grave situação e ameaça à vida e permanência dos povos indígenas da Amazônia por causa da pandemia, elaboraram uma carta dirigida à Corte Constitucional de Colômbia para que se tomem medidas de urgência para prevenir o genocídio dos povos indígenas de Colômbia. CONTINUAR LENDO
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“O vírus veio para mostrar que nós, os humanos, somos seres frágeis, e que dependemos da natureza”: entrevista com Daniel Kuaray
15/07/2020 - Por Valentina Nieto
Daniel Timoteo Martins, Kuaray “espírito do sol” como é seu nome em Guarani, mora na comunidade Guarani de Biguaçu, na Terra indígena Mbiguaçu Yyn Morontchin Wera (águas cristalinas), na região da grande Florianópolis, em Santa Catarina. Daniel recentemente se graduou do curso da Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com um belo trabalho sobre memória e plantas medicinais na sua comunidade. Ele trabalha na sua aldeia como professor da escola local há 7 anos. CONTINUAR LENDO
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Aula Inaugural – Mestrado em Antropologia Social (PPGAS/ICS/UFAL)
Realização em 08/05/2020 – IG @ppgas.ufal
Tema: Antropologia em tempo real: urgências etnográficas na pandemia.
Professora: Dra. Sônia Maluf (UFSC e UFPB).
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Onde estão os corpos das crianças Sanöma?
07/07/2020
Sílvia Guimarães, professora de Antropologia da Universidade de Brasília (UnB), que faz pesquisa junto ao povo Sanöma, junto a 40 pesquisadoras e apoiadores da Rede Pró-Yanomami e Ye’kwana, trabalham para visibilizar o caso das três mães Yanomami que sofrem porque não entregaram os corpos de seus bebês que teriam falecido por Covid-19 no hospital de Boa Vista. CONTINUAR LENDO
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Distanciamento comunitário? Perspectivas sobre COVID-19, favela e transferência de renda
17/06/2020 - Viviane Mattar, Rogerio Lopes Azize e Rodrigo de Araujo Monteiro
No presente momento, ao chegar junho de 2020, nada nos parece mais urgente do que refletir sobre os quadros possíveis, em alguns aspectos já tão prováveis e presentes, em outros com algum nível de especulação, do encontro do Coronavírus com contextos de pobreza extrema. Judith Butler (2004) nos oferece uma distinção já conhecida que evidencia nosso ponto de partida: nossa condição humana é precária, isso vale para todos, um certo caráter democrático da atividade de um vírus nos lembra disso; mas nossa precariedade é diferencial, marcada pelas nossas diferenças de idade, de raça/cor, de gênero, de classe. Teme-se muito que haja mutações do vírus, que podem atrapalhar a busca por tratamentos e, especialmente, vacinas; mas, ainda que o vírus seja o mesmo, nós não somos – de certa forma, forçando o sentido da noção de mutação, pensando nos seus efeitos em condições tão distintas, são muitos os vírus em uma pandemia porque são muitas as precariedades. CONTINUAR LENDO
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Patrimônio cultural e os ribeirinhos do rio São Francisco em tempos de Covid-19
16/06/2020 - Por Valentina Nieto
Rafael de Oliveira Rodrigues é doutor em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Cataria (UFSC), faz parte do grupo de pesquisadores do Núcleo de Dinâmicas Urbanas e Patrimônio Cultural (NAUI/UFSC) e da Rede “Territórios: Territorialidades, Deslocamentos, Paisagens Urbanas e Populações Tradicionais” do INCT Brasil Plural. Atualmente faz parte do Laboratório da Cidade e do Contemporâneo (LACC), vinculado ao programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), onde trabalha desde 2015. Ele é especialista em políticas públicas de patrimônio cultural e nos falou sobre seu trabalho de pesquisa em temos de pandemia. CONTINUAR LENDO
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Notícias do NEPE/UFPE
08/06/2020 - Por Renato Athias
Renato Athias, professor no Programa de Pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal de Pernambuco, coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Etnicidade (NEPE), e pesquisador associado do IBP nos manda informações pertinentes sobre as atividades realizadas pelo Núcleo e a situação da COVID-19 na região do Alto Rio Negro e no estado de Pernambuco. CONTINUAR LENDO
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O que faz um antropólogo isolado em um Ilê?
08/06/2020 - Igor Luiz Rodrigues da Silva, Doutorando PPGAS/UFSC
Primeiro sábado do mês de maio, mês dedicado aos Pretos e Pretas Velhas na Umbanda e desde que a quarentena começou (isolamento social), é aqui que me encontro, no GUESB (Grupo União Espirita Santa Barbara), e por isso mesmo, esse texto ou reflexão parte e se contextualiza a partir deste ambiente sagrado. Longe de ser um texto altamente rebuscado e com uma analise profunda sobre a pandemia do Covid-19, este relato se estabelece a partir dos encontros provocados pelo silêncio e alteridades marcadas pela fé e conflitos de mundos. Neste sentido, trata-se de exteriorização dos sentimentos que dialogam com o isolamento e com o ser umbandista. CONTINUAR LENDO
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Carta de apoio às mulheres Sanöma/Yanomami
04/06/2020 - Laboratório Matula
Nós, pesquisadoras/es do Laboratório Matula, recebemos a notícia de que, neste último mês, indígenas mulheres do povo Sanöma tiveram três bebês que morreram de covid, essas mortes não foram computadas pela SESAI e ao mesmo tempo os corpos não retornaram a suas comunidades para a realização da cerimônia funerária. CONTINUAR LENDO
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Povos Ciganos em tempo de pandemia. Entrevista com Edilma do Nascimento
31/05/2020 - Por Valentina Nieto
Edilma do Nascimento é Doutora em antropologia pelo PPGAS-UFSC, integrante do NEPI e pesquisadora do IBP, especialista em povos ciganos Calon. Conversamos com ela sobre o fazer antropológico em tempos de coronavírus e os desafios que os povos ciganos enfrentam no contexto atual. CONTINUAR LENDO
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A importância de criar redes de apoio aos grupos subalternos na pandemia. Entrevista com Silvia Guimarães
31/05/2020 - Por Valentina Nieto
Silvia Guimarães é professora do Departamento de Antropologia da UNB e pesquisadora da Rede Saúde do IBP. Ela coordena junto com o professor Carlos Alexandre Plínio dos Santos o laboratório Matula -Sociabilidades, diferenças e desigualdades-, que reúne um grupo de pesquisadores e estudantes de mestrado, doutorado e graduação da Universidade de Brasília (UnB) que trabalham com grupos indígenas, quilombolas e grupos da periferia de Brasília -raizeiros, benzedeiras, catadoras. Pensando nas implicações da Covid-19 na vida dos grupos pesquisados e a relação com os serviços de saúde, abriram um perfil de Instagram e Facebook onde divulgam e analisam narrativas de sujeitos indígenas, quilombolas ou dos grupos subalternos. Nestas narrativas eles falam sobre a questão da pandemia, suas vivências, estratégias, dificuldades ou denúncias. CONTINUAR LENDO
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Antropologia em tempo real: urgências etnográficas na pandemia
27/05/2020
Íntegra da Aula Inaugural do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal de Alagoas, ministrada pela professora Sônia W. Maluf (UFSC/UFPB), coordenadora executiva do INCT Brasil Plural, realizada no dia 8 de maio, via Instagram. A pesquisadora reflete sobre o papel da Antropologia em tempos tão difíceis que exigem esforços conjuntos de vários campos de saber, ressaltando o vigor da Antropologia da Saúde e suas propostas teórico-metodológicas. CONTINUAR LENDO
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Covid-19 na Terra Indígena Yanomami
20/02/2020 - Rede de Pesquisadores e Apoiadores dos Povos Yanomami e Ye'kwana
Diante do avanço da COVID-19 na Terra Indígena Yanomami (TIY) e do risco de genocídio decorrente da pandemia, criamos a Rede de Pesquisadores e Apoiadores dos Povos Yanomami e Ye’kwana. A Rede é formada por pessoas de diversas áreas do conhecimento – antropólogos, linguistas, advogados e profissionais da saúde – que mantém comunicação direta com as associações yanomami e ye’kwana. Na semana passada, escrevemos a “Nota Técnica para Contribuir ao Combate da COVID-19 na erra Indígena Yanomami” com o objetivo de fornecer um panorama atual da disseminação do vírus nesta Terra Indígena (TI) e propor recomendações para a proteção dos povos Yanomami e Ye’kwana. CONTINUAR LENDO
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A fonte do poder dos grupos indígenas provém do TERRITÓRIO, com maiúscula
20/05/2020 - Juan Alvaro Echeverri, antropólogo e professor
Na Colômbia, até 13 de maio de 2020 foram contabilizados 169 casos de contágios e 8 mortes por Covid-19 na população indígena, pertencentes a 13 povos (Tikuna, Tariano, Miraña, Inga, Yucuna, Ocaina, Mokana, Zenú, Yukpa, U´wa, Wayyu, Pastos e Yanaconas). Amazonas é o Departamento (Estado) com mais casos do coronavírus por milhão de habitantes e a capital Letícia, na fronteira com o Brasil e Peru o foco da pandemia. En Leticia há dois centros de saúde (o hospital público e uma clinica privada), não há leitos de UTI e só 5 respiradores (o único gerador de oxigênio que tinha no hospital público não funciona). A população indígena é a mais afetada, dado que representa 70% da população do Departamento. CONTINUAR LENDO
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Acesso das pessoas com deficiência aos serviços de saúde: como inclui-las nas redes de cuidado?
13/05/2020 - Éverton Pereira, professor do Depto de Saúde Coletiva da UnB
Em vídeos produzidos pela UnBTV, o pesquisador do IBP e professor da UnB, Éverton Pereira, fala sobre a não inclusão de pessoas com deficiência nas redes de cuidado. Pessoas com deficiência estão tendo dificuldades em acessar todas as informações relevantes durante a pandemia e, muitas vezes, em acessar serviços quando são infectadas ou são afetadas direta ou indiretamente pelo coronavírus. ASSISTIR
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Mapa da pandemia local: relatos indígenas sobre a COVID-19 na Amazônia
13/05/2020 - Valentina Nieto e Gilton Mendes
Gilton Mendes é professor do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) em Manaus, coordenador do Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena (NEAI) e pesquisador da Rede Saberes e Educação do Instituto Brasil Plural. Com o intuito de oferecer uma perspectiva indígena da pandemia, o NEAI vem realizando três importantes iniciativas. Estas se baseiam na compilação de relatos indígenas fornecidos pelos estudantes da pós graduação em antropologia, em diálogo com suas pesquisas, ampliando para relatos de experiências sobre a pandemia em diversas regiões da Amazônia e finalmente localizando estes num mapa da região para ir montando um retrato abrangente da situação e as estratégias indígenas frente à pandemia do Coronavírus. CONTINUAR LENDO
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Quais as lições da Nova Zelândia sobre o combate contra o COVID-19 para a região do Rio Negro, no Amazonas
12 de maio de 2020 - Renato Athias
Nestas semanas tenho acompanhado de perto a situação dos povos indígenas no Brasil com relação ao enfretamento ao COVID-19, não está fácil, é uma situação por demais desafiadora, porque essa situação e muito nova para todos nós, e a região do Rio Negro merece uma atenção privilegiada, por ser uma região multiétnica, como grande movimentação de pessoas subindo e descendo os rios para o único centro urbano, e sede municipal, que é São Gabriel da Cachoeira, com imensas fronteiras para controlar. CONTINUAR LENDO
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Sobre a pandemia no Alto Solimões
08/05/2020 - Silvana Teixeira, doutoranda PPGAS/UFAM
Há cerca de duas semanas, comecei a anotar os nomes dos indígenas mortos pela Covid-19, ou por suspeita dela, que têm sido anunciados em um grupo de WhatsApp da região do Alto Solimões, do qual faço parte. O Alto Solimões compreende a região da tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru. As cidades a que faço referência nesse relato são do lado brasileiro e concentram uma grande população indígena das etnias Ticuna, Kokama, Kambeba, Katukina, Kaixana, Kulina, Mayoruna, Miranha, Kanamari, além dos grupos Matis, Matsés que ficam na região do Vale do Javari, no município de Atalaia do Norte, região onde vivem indígenas isolados. CONTINUAR LENDO
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Relatos de um Antropólogo em isolamento no Terreiro de Umbanda
06/05/2020 - Igor Luiz Rodrigues da Silva, doutorando do PPGAS/UFSC
Este relato se estende além do campo e pesquisa já finalizada para a obtenção do titulo de doutor. Terminei a ultima parte da minha pesquisa no rio São Francisco no dia 13 de março de 2020. É uma pesquisa onde analiso questões sobre modificações de paisagens, relações multiespécies, relação de técnicas, práticas e percepções dos ribeirinhos com e no o rio, na cidade sertaneja de Pão de Açúcar, Alagoas. A última fase da pesquisa tinha sido iniciada em maio de 2019. CONTINUAR LENDO
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Sobre a chegada do Covid-19 ao sul da Bahia: relato de uma antropóloga em campo
03/05/2020 - Amanda Rodrigues, doutoranda PPGAS-UFSC
Aproximei-me dos Tupinambá de Olivença como professora do curso de enfermagem da Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus no sul da Bahia. Enquanto acompanhava alunos em atividades práticas em um hospital estadual da cidade, deparei com alguns indígenas em tratamento hospitalar. Elaborei um projeto de pesquisa e junto com bolsistas de iniciação científica, dei seguimento à relação com esse povo, conhecendo sobre suas práticas de saúde. Meu projeto de doutorado aborda os itinerários empreendidos pelos Tupinambá em busca de atendimento nos serviços de saúde de média e alta complexidade. Comecei o trabalho de campo em julho de 2019, mas tive que interromper na segunda semana de março. Naquela semana, eu pretendia fazer algumas visitas em companhia de uma das agentes indígenas de saúde e participar de uma atividade realizada pela equipe do Pólo Base tematizando a saúde da mulher indígena. CONTINUAR LENDO
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Nota de pesar: Covid-19 nas aldeias
Manifestamos nosso pesar pelo falecimento do professor Ticuna Aldenor Basque Felix, vítima do Covid 19. Ele colaborou conosco na Exposição “Ticuna em Dois Tempos”, um projeto do INCT Brasil Plural que envolveu o Museu Amazônico da UFAM e o Marque da UFSC. Em 2012, o professor Aldenor nos recebeu na sua Comunidade Ticuna Wotchimaucu, no bairro Cidade de Deus, Zona Leste de Manaus e fez as traduções para o Ticuna dos textos do catálogo da exposição.
Importante ressaltar o descaso e a situação precária dos indígenas que vivem na cidade como denuncia Djuena TiKuna em sua postagem. CONTINUAR LENDO
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Articulações e aprendizados com a Frente Indígena e Indigenista de Prevenção e Combate do CoronavÍrus (COVID-19) em Terras Indígenas da Região Sul do Brasil: uma entrevista com Joziléia Kaingang
29/04/2020 - Valentina Nieto
Os povos indígenas têm sido historicamente dizimados por epidemias. São várias as condições que fazem com que sejam especialmente vulneráveis a epidemias e ao risco de etnocídio. Problemáticas ligadas aos seus territórios e a questões ambientais e sociais, como invasões ilegais de garimpeiros e grileiros, desmatamentos, entre outras, colocam em risco seus direitos, a segurança alimentar e, consequentemente, as suas vidas. Além disso, as formas de organização social, a convivência de famílias extensas, o compartilhamento de utensílios entre parentes, também impactam na disseminação de doenças infecciosas, como é o caso da pandemia pelo vírus corona/COVID-19. Os problemas que o cidadão não-indígena enfrenta com as inadequações do Sistema Único de Saúde (SUS) para diagnosticar e tratar os casos críticos se multiplicam devido às especificidades do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena e à falta de uma articulação adequada entre esse Subsistema e os serviços mais especializados do SUS. CONTINUAR LENDO