Missão e Objetivos

 

MISSÃO

 

O Instituto tem como missão abrigar diferentes campos e especialidades da antropologia, com o fim de desenvolver um sólido programa de pesquisas, ações educacionais e de intervenção, no âmbito de vários segmentos da população brasileira. Este largo programa de pesquisas se valerá de diferentes estratégias metodológicas, de vários campos da antropologia contemporânea e áreas afins, promovendo atividades que possam estabelecer e consolidar uma prática de pesquisa em rede, aglutinando pesquisadores, laboratórios, núcleos e pesquisadores de diferentes regiões e, a médio e longo prazo, se constituir em um verdadeiro pólo de pesquisas, formação e ações sobre e nas regiões pesquisadas.

 

OBJETIVOS

1) Desenvolver um programa articulado de pesquisas antropológicas avançadas e comparadas junto a diferentes populações e comunidades em diversas regiões do país, com ênfase na pesquisa de campo etnográfica e qualitativa de média e longa duração, favorecendo uma visão mais ampla e articulada da realidade brasileira e estimulando  trocas científicas tanto entre instituições e pesquisadores de diferentes regiões, quanto entre diversas temáticas e linhas de pesquisa.

2) Fomentar a formação de mestres, doutores, e pós-doutores altamente qualificados e apoiando a formação e/ou a consolidação de novos grupos de pesquisa e Programas de Pós-Graduação da região amazônica e dos estados de Santa Catarina e do Mato Grosso. No nível de graduação, atuar em projetos de inclusão no ensino e na pesquisa universitários, em programas como as Licenciaturas Interculturais Indígenas da UFSC e da UFAM e os programas de ação afirmativa nas universidades federais brasileiras.

3) Fornecer subsídios para a elaboração de programas e políticas públicas que reconheçam as especificidades culturais e sociais dos grupos/comunidades/povos estudados. Qualificar e instrumentalizar tanto ações governamentais e dos órgãos públicos quanto demandas das próprias comunidades, prestando, quando solicitado, assessoria para populações locais, bem como estabelecendo convênios e parcerias com órgãos públicos.

4) Contribuir para a elaboração e construção de uma ciência plural. Esse é um dos eixos que articula as linhas de pesquisa e os diferentes projetos desenvolvidos dentro do programa de pesquisas, o conceito de uma ciência plural, fundamentada no reconhecimento de outros saberes e de outros modos de ação no mundo, e uma perspectiva compartilhada, dialógica e simetrizante da pesquisa junto às populações. Sistematizar as contribuições metodológicas e epistemológicas das pesquisas realizadas para uma reflexão crítica sobre o campo científico brasileiro e suas articulações com políticas públicas e com as populações alvo dessas políticas e objeto das pesquisas realizadas pelos diversos campos da ciência.

5) Promover a transmissão e a democratização do conhecimento para a sociedade brasileira como um todo, realizando ações de educação e divulgação da ciência e do conhecimento científico, através de exposições nos museus integrantes da rede do IBP ou parceiros, digitalização e disponibilização de acervos, produção da Coleção de Vídeos Didáticos Brasil Plural, de vídeos e documentários vinculados às pesquisas realizadas, da produção de material didático, como cartilhas e jogos pedagógicos, da realização de oficinas de formação e capacitação, entre outros.

6) Ampliar o conceito de inovação na ciência para além da perspectiva tecnológica em sentido estrito, incluindo a dimensão social da ciência. Entre as dimensões inovadoras do IBP, enfatizamos: a) revalorizar o investimento na pesquisa etnográfica e qualitativa junto às populações e colocar a ciência sob o escrutínio e a colaboração dos diferentes sujeitos sociais e comunidades; b) refletir sobre o impacto do projeto de uma ciência plural e de um projeto de ciência que possa trazer uma contribuição para revisar a ideia de progresso e de desenvolvimento para além da dimensão tecnológica; c) pensar nos fluxos da ciência não a partir da concepção unívoca da “transferência” de conhecimento, mas considerando o próprio fazer científico em forma de diálogo intercultural, de reconhecimento da diferença e do direito à diferença; d) construir novos paradigmas analíticos e metodológicos para descrever e compreender a realidade múltipla, diversa e plural brasileira e realizar pesquisas articuladas em rede, buscando superar o paradigma de nucleação e fragmentação que ainda perdura no campo científico brasileiro.