I Colóquio de Antropologia da UFMT: Os Diálogos da Antropologia com as Políticas Públicas

15/09/2014 18:37

banner_rgbA primeira edição do Colóquio de Antropologia da UFMT, com a participação de pesquisadores/as ligados/as aoIBP, se realizará entre os dias 14 e 17 de outubro de 2014, promovido pelo Departamento de Antropologia e pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Mato Grosso em seu primeiro ano de funcionamento. O evento pretende reunir pesquisadores da área de Antropologia Social e áreas afins (Sociologia, Filosofia, História, Geografia, Direito e Ciências Sociais da Saúde) interessados em discutir as temáticas de gênero, sexualidade, sociabilidades e territorialidades numa perspectiva antropológica.

Nesta primeira edição, pretende-se criar um contexto de debates sobre o conhecimento antropológico e seus diálogos com as políticas públicas com o objetivo de se analisar a construção do conhecimento teórico-metodológico da área, suas implicações e reflexos no diálogo com os diversos grupos da Sociedade Civil. Além disso, pretende-se iniciar o processo de fortalecimento e consolidação da discussão e da pesquisa antropológica no âmbito da Universidade Federal do Mato Grosso, com a participação de pesquisadores e convidados de diferentes universidades do Brasil, da Associação Brasileira de Antropologia, da Ordem dos Advogados do Brasil, do Governo do Estado de Mato Grosso e do Ministério Público Federal.

A partir das discussões que serão desenvolvidas neste Colóquio pretendemos consolidar as linhas de pesquisa do Mestrado em Antropologia Social da UFMT, quais sejam: 1. Etnicidades, Territorialidades e Cosmologias – Estudos etnográficos e comparados de povos indígenas, socialidades, cosmologias, rituais, arte e sistemas simbólicos; políticas públicas, educação e direitos; políticas indígenas, história indígena e do indigenismo; estudos de fronteiras, conflitos interétnicos, territórios, processos e direitos sobre territórios; movimentos sociais, diásporas e identidades. 2. Sociabilidades, Identidades e Subjetividades –Reflexões teóricas e investigações empíricas que têm como foco as dinâmicas socioculturais, com especial ênfase em processos contemporâneos de construção de vínculos sociais, identidades e subjetividades. A linha abrange as seguintes temáticas de pesquisa: relações de gênero e sexualidade; família e parentesco; corporalidade e marcadores sociais da diferença; cultura popular e sociabilidades festivas; performances e produção de sentidos na cidade.

Além disso, visa estimular os acadêmicos dos cursos de graduação da UFMT, particularmente do curso de Ciências Sociais, para a inserção destes em projetos de pesquisa e pós-graduação, promovendo o conhecimento do fazer antropológico no contexto contemporâneo.

Pesquisa desenvolvida no INCT Brasil Plural sobre gestação e parto entre os Munduruku recebe prêmio ABA/GIZ

11/08/2014 23:33
A tese de doutorado A cosmopolítica da gestação, parto e pós-parto: práticas de autoatenção e processo de medicalização entre os índios Munduruku, de Raquel Dias Scopel e orientada por Esther Jean Lagdon, premiada no 4o Prêmio ABA/GIZ – Povos Indígenas e Cenários Etnográficos na Amazônia, edição 2014, com o tema “Gênero e Povos Indígenas na Amazônia”, organizado pela Associação Brasileira de Antropologia e pela Coorperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da GIZ no Brasil. Podeiam concorrer teses defendidas nos últimos cinco anos.

Atividades do INCT Brasil Plural na 66a Reunião Anual da SBPC

30/07/2014 13:52

sbpc1O INCT Brasil Plural (CNPQ/FAPEAM/FAPESC/CAPES) esteve presente na 66a Reunião Anual da SBPC – Ciência e Tecnologia em uma Amazônia sem fronteiras, 22 a 27 de julho de 2014 na UFAC – Universidade Federal do Acre Rio Branco – AC.Em parceria com a Associação Brasileira de Etnomusicologia (ABET) o INCT Brasil Plural promoveu as seguintes atividades:

Conferência

MÚSICA, FIESTA, INVESTIGACIÓN
Y EDUCACIÓN: EXPERIÊNCIAS COLABORATIVAS ENTRE MOVIMENTO INDÍGENA CAUCANO Y ACADÊMICOS Conferencista: Carlos Miñana Blasco (UNAL) Apresentador: Otávio Guilherme Cardoso Alves Velho (UFRJ)

Mesa-Redonda

MÚSICA, PESQUISA E TRANSMISSÃO DE SABERES NO BRASIL E NA COLÔMBIA; CONTRIBUIÇÕES CRÍTICAS À FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS A PARTIR DE NOVOS MARCOS POLITICO-EPISTEMOLÓGICOS Coordenador: Otávio Guilherme Cardoso Alves Velho (UFRJ)

Palestrantes: Carlos Miñana Blasco (UNAL), Deise Lucy Oliveira Montardo (UFAM) e Samuel Araújo (UFRJ)Em parceira com a ABET e a ABA, o INCT Brasil Plural promoveu o   ENCONTRO DE PESQUISADORES DEDICADOS AOS ESTUDOS SOBRE MÚSICA NAAMAZÔNIA

Participantes: Deise Lucy Oliveira Montardo (UFAM), Domingos Bueno (UFAC), Sonia Lourenço (UFMT), Carlos Miñana (Universidad Nacional de Colômbia), Damián Keller (UFAC), Rosangela Duarte (UFRR)

Pesquisadores do INCT Brasil Plural participaram na  Mesa- redonda organizada pela ABA.

Mesa-Redonda: FRONTEIRAS, MIGRAÇÕES E POLÍTICAS PÚBLICAS

Coordenador: Márcia Regina Calderipe Farias Rufino (UFAM)

Participantes: Carlos Alberto Marinho Cirino (UFRR), Sidney Antonio da Silva (IFAM) e Marília Lima Pimentel (UNIR)

Este ano ocorreu pela primeira vez, a SBPC indígena e o INCT Brasil Plural esteve presente. O Prof Domingos Silva da Universidade Federal do Acre organizou a mesa redonda “Etnomusicologia amazônica”. A SBPC indígena foi um sucesso de público, nossa mesa contou com mais de cinquenta participantes.

ETNOMUSICOLOGIA AMAZÔNICA Mediador: Domingos A. B. Silva (UFAC) Participantes: Sonia Regina Lourenço (UFMT/INCT Brasil Plural),  Deise Lucy Montardo (UFAM/INCT Brasil Plural), Haru Kuntanawa (OPIRJ) Isaías Sales Ibã Kaxinawa (MAHKU), Amilton Mattos (UFAC- CZS).

Exposição ARQUEOLOGIA EM QUESTÃO: PERCORRENDO O LITORAL CATARINENSE

19/05/2014 15:31

A sala está assim denominada: Exposição de Longa Duração. O local é o Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade Federal de Santa Catarina (MArquE/UFSC). O substrato ofertado ao público diz respeito à exposição ARQUEOLOGIA EM QUESTÃO: PERCORRENDO O LITORAL CATARINENSE.

Trata-se de evento que coaduna com o MArquE, dada a sua marcante história de pesquisa e atuação nessa área de conhecimento desde a década de 1960, como Instituto de Antropologia.

Em 29 de maio de 2014 teremos uma oportunidade sem precedentes de voltarmos nossas atenções ao passado que testemunhou ocupações de diversos grupos humanos no litoral catarinense. Estaremos frente ao ofício do arqueólogo e diante de culturas distintas no tempo e no espaço. Os períodos pós-colonial, colonial e pré-colonial – a compor aproximadamente seis milênios, se descortinarão face às pesquisas efetivadas no transcorrer de cinco décadas. Saberemos de sítios coloniais e pós-coloniais representados pela vida cotidiana nas Fortificações e seus arredores, de populações Guarani e Jê, assim como dos grupos responsáveis pelos sambaquis. Visitaremos as representações rupestres e as oficinas líticas.

Peças do acervo do MArquE, imagens e figuras variadas, somadas a uma composição de palavras, tratarão de possibilitar a pertinência do cultivo ao conhecimento e sua contígua consequência – a reflexão, que acarreta, num fluxo contínuo, o reconhecimento à diversidade e o respeito à diferença. No tempo e no espaço.

Serviço:

O que: Abertura da Exposição Arqueologia em Questão: Percorrendo o Litoral Catarinense

Quando: 29 de maio de 2014, às 19h.

Onde: Sala de Exposição de Longa Duração do Pavilhão de Exposições Silvio Coelho dos Santos do Museu de Arqueologia e Etnologia – UFSC

Campus Universitário Reitor João David Ferreira Lima, s/n – Trindade – Florianópolis – SC

Quanto: Entrada franca

Informações: 48 – 3721-9325

e-mail: 

Conferência: As proletárias saint-simonianas e sua herança. Entre ocultação e (re)descoberta de seus itinerários e escritos

12/05/2014 13:20

Conferência: As proletárias saint-simonianas e sua herança. Entre ocultação e (re)descoberta de seus itinerários e escritos

 Christiane Veauvy

(Maison des Sciences de l´Homme – Paris)

14 de maio, às 14h30, na sala 10 do Departamento de História/UFSC

 

Resumo: Saint Simon (Claude-Henri de Rouvroy, conde de Saint Simon, 1760-1825) foi, antes de mais nada, um homem de ação.  Muito original, sua obra exerceu uma grande influência no século XIX, notadamente através do movimento saint-simoniano. No entanto, foi objeto de um tal desconhecimento que a primeira  edição completa dos textos de Saint Simon data de 2012, pela Presses Universitárias de França (PUF, Paris). A ausência de definição única do saint-simonismo é um índice da pluralidade de questões que ele recobre (doutrina, laboratório de ideias, movimento complexo). A abordagem sobre esse movimento (1825-1870) tem como objetivo esclarecer em particular a emergência da “questão da mulher” (novembro de 1831).

As “proletárias saint-simonianas” (denominação que as próprias mulheres do movimento se deram em 1832) foram objeto de um grande recalque ao longo do século XIX, em particilar Claire Demar, demonizada (a mulher livre como uma mulher-monstro). O primeiro estudo consagrado às saint-simonianas  – com ênfase naquelas que criaram o periódico La femme libre (1832-1834) foi publicado em 1926 por Marguerite Thibert, socióloga. Sua obra, ainda atual, se intitula O feminismo no socialismo francês de 1830 a 1850.

Na conferência, se buscará:

1)      Ressaltar, em uma perspectiva sociológica, a diversidade interna do grupo de proletárias saint-simonianas e os itinerários de cada uma delas, dentro das possibilidades de reconstituição desses itinerários hoje;

2)      Apresentar a massa impressionante de escritos que elas nos legaram, a partir de duas ou três linhas diretrizes;

3)      Propor uma leitura da modernidade de certos pontos de vista feministas, que impedem qualquer abordagem linear da história do feminismo – exemplo do risco de aceitar a ideologia do progresso na pesquisa interdisciplinar requerida pela herança das saint-simonianas.

 

Christiane Veauvy é Pesquisadora Honorária do CNRS junto à Fundação Maison des Sciences de l´Homme (FMSH/Paris), doutora de Estado em Letras e Ciências Humanas e responsável atualmente pelo curso “Gênero, política, sexualidades(s). Oriente/Ocidente”, na FMSH). Tem uma vasta produção sobre as sociedades mediterrâneas, em particular sobre mulheres e feminismos nas sociedades mediterrâneas.

Coordenadora do IBP, E. Jean Langdon, abre o semestre do PPGAS/UFMT

19/04/2014 18:19

O Programa de Pós-graduação em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realiza no dia 22 de abril, às 19h, no Auditório II do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) do Campus de Cuiabá, aula inaugural com o tema “Os Diálogos da Antropologia com a Saúde: Contribuições para as Políticas Públicas”. A iniciativa tem apoio do Programa de Educação Tutorial Indígena (Petind) da UFMT.
A aula será ministrada por Esther Jean Langdon, do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e do Instituto Brasil.

Lançamento do Catálogo “Ticuna em dois tempos”

08/04/2014 15:58

O Museu Amazônico da Universidade Federal do Amazonas e o Museu de Arqueologia e Etnologia Professor Oswaldo Rodrigues Cabral (MArquE) da Universidade Federal de Santa Catarina, reunidos em parceria na rede do INCT Brasil Plural (CNPq, FAPEAM, FAPESC), têm a grande satisfação de lançar o Catálogo “Ticuna em Dois Tempos”, no dia 09 de abril de 2014, às 18 horas, na sede do Museu Amazônico (endereço citado abaixo).

Reunindo imagens dos acervos Ticuna dos dois Museus, o Catálogo foi produzido no contexto de exposição homônima (2012-2013). O título faz referência aos dois tempos distintos nos quais as duas coleções foram formadas. O acervo de peças Ticuna do MArquE foi reunido pelo antropólogo catarinense Silvio Coelho dos Santos, na década de 1960, quando realizou pesquisa no Alto Solimões. Já o acervo do Museu Amazônico constitui a coleção Jair Jacqmont, artista plástico amazonense que, na década de 1970, colecionou as peças Ticuna com interesse artístico e cultural. Trata-se, portanto, de artefatos de dois tempos, duas coleções de décadas distintas e que mostram conjunturas diferenciadas, aqui recontextualizadas.

Os textos de apresentação do Catálogo “Ticuna em Dois Tempos” foram traduzidos para a língua Ticuna, língua indígena de maior número de falantes no território brasileiro (mais de 30.000 pessoas). A tradução foi feita também como maneira de marcar o esforço colaborativo na realização da exposição, com a participação dos Ticuna da associação Wotchimaücü, da Cidade de Deus, de Manaus.

Por ter no mesmo dia do lançamento do Catálogo a Defesa da Dissertação de Mestrado de MISLENE METCHACUNA MARTINS MENDES, discente indígena Ticuna do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social-PPGAS, vinculado ao Museu Amazônico/UFAM, pretendemos fazer do dia 09 de abril um momento especial dedicado ao Povo Ticuna e, se tudo der certo, comemorativo da conquista do título de Mestre pela discente Ticuna, que já é graduada em Antropologia pela Universidade Federal do Amazonas.

No lançamento do Catálogo “Ticuna em Dois Tempos”, contaremos com a presença ilustre de dois antropólogos de universidades federais do Rio de Janeiro que desenvolvem importantes pesquisas no Amazonas: Professor Doutor João Pacheco de Oliveira (Museu Nacional/UFRJ e PPGAS/UFAM), um dos autores dos textos do Catálogo, e Professor Doutor Sidnei Clemente Peres (Universidade Federal Fluminense-UFF). Ambos os professores também participarão da Banca Examinadora da Defesa de Dissertação da Ticuna Mislene, junto com a Profª. Dra. Maria Helena Ortolan, Diretora do Museu Amazônico e docente do PPGAS/Museu Amazônico/UFAM.

Todos estão convidados a fazerem parte do lançamento do Catálogo “Ticuna em Dois Tempos”, no próximo dia 09 de abril, e compartilhar da alegria do Museu Amazônico,  MArquE e INCT Brasil Plural em apresentar ao grande público imagens de acervos relevantes  para nosso (re)conhecimento da cultura do Povo Ticuna.

 

Informações:

Evento: Lançamento do Catálogo “Ticuna em dois tempos”.

Quando: 9/4/2014.

Horário: 18 horas.

Onde: Museu Amazônico, Rua Ramos Ferreira 1036 – Centro (entre Avenida Getúlio Vargas e Rua Tapajós, próximo à Livraria Valer), em Manaus- AM

Solicitação de Informações pelo e.mail

 

 

 

EdUFSC lança segundo livro da Coleção Brasil Plural

06/03/2014 23:59

A Coleção Brasil Plural da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC), após lançar o clássico A Festa da Jaguatirica – Uma partitura crítico-interpretativa, de Rafael José de Menezes Bastos, colocou em circulação uma obra coletiva de peso: A terra do não-lugar:diálogos entre antropologia e performance, organizada pelos professores e pesquisadores Paulo Raposo, Vânia Z. Cardoso, John Dawsey e Teresa Fradique. O livro – que apresenta a contribuição de 24 autores e tem como pano de fundo um encontro científico internacional realizado em Portugal em 2011, explorando “os limites e as fronteiras da performance” – oferece aos leitores ensaios e exemplares que aproximam e articulam as ciências humanas com os estudos artísticos e os chamados “performance studies”.

A festa da jaguatirica’ recupera 45 anos de música e cultura dos kamaiurá

No prefácio,  o pesquisador Paulo Raposo esclarece que a obra resulta de “um espaço de experimentação e de exploração conceptual”, mas não deixa de ser também uma “convergência de diversas propostas performativas de criadores de várias nacionalidades, cujos enfoques claramente se complementaram na diversidade”.  Raposo destaca a participação de múltiplos especialistas e “performers” europeus, brasileiros e norte-americanos – para realçar o valor e a oportunidade da publicação

Os ensaios ora socializados são reflexivos e vislumbram entrecruzamentos com os textos acadêmicos; de quebra, abrem possibilidades de leitura para o público em geral, até porque, conforme assinalam os organizadores, “O conceito de performance – simultaneamente introduzível e intercomunicável entre campos disciplinares, difusamente interterritorial e transdisciplinar – se consubstancia hoje em um objeto reflexivo controverso, perenemente polêmico, e em um prolixo gerador de metáforas para a experiência humana”.

A coleção da EdUFSC publiciza resultados de pesquisas do Instituto Nacional de Pesquisa Brasil Plural – que, além de preparar profissionais e pesquisadores, procura desmistificar as diferentes realidades e reforçar as políticas públicas e sociais para a solução dos problemas vivenciados pelas populações pesquisadas. A festa da jaguatirica, de Rafael José de Menezes Bastos, reúne, por exemplo, mais de 45 anos de pesquisas do antropólogo sobre a música dos índios Kamaiurá, do Alto Xingu.

Mais informações: (48) 3721-9408; www.editora.ufsc.br

Diretor executivo – Fábio Lopes: Esta imagem contém um endereço de e-mail. É uma imagem de modo que spam não pode colher.; (48) 9933-8887

Moacir Loth / Jornalista da Agecom / Diretoria Geral de Comunicação / UFSC

Claudio Borelli / Revisor de Textos da Agecom / Diretoria-Geral de Comunicação/ Esta imagem contém um endereço de e-mail. É uma imagem de modo que spam não pode colher.

Colóquio vai discutir os sujeitos e as políticas públicas

28/02/2014 15:55

O Instituto Brasil Plural, através de dois dos núcleos que compõem suas redes de pesquisa, realiza o Colóquio Sujeitos e Políticas Públicas, em que serão apresentados e debatidos trabalhos que têm questionado a produção de sujeitos frente às políticas do Estado. Dos âmbitos da moralidade, da saúde e do gênero, estas pesquisas têm mostrado como as políticas públicas têm atingido de forma contundente os modos como os sujeitos se constroem no contemporâneo, criando resistências, dissidências e práticas invisibilizadas que as pesquisadoras do TRANSES (Núcleo de Antropologia do Contemporâneo) e do LEVIS (Laboratório de Estudos da Violência) buscam sinalizar em seus trabalhos.

O colóquio também vai contar com uma conferência do sociólogo francês Marc Bessin, do IRIS – Institut de Recherche Interdisciplinaire sur les Enjeux Sociaux (Sciences Sociales, Politique, Santé), localizado em Paris, e do qual ele é o atual diretor. O IRIS, a exemplo do IBP, tem realizado pesquisas que investigam como as políticas públicas criam pressupostos que originam uma série de exclusões com as quais comunidades concretas precisam lidar. Marc Bessin, em especial, tem investigado como essas políticas atingem e produzem temporalidades, criam desigualdades de gênero e geram mudanças nas redes de “cuidado do outro” quando estas são substituídas pelas políticas de saúde e assistência social.

O Colóquio Sujeitos e Políticas Públicas acontece nos dias 11 e 12 de março, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Veja a programação abaixo.

Programação

11 de março (terça)

9h – Abertura do Colóquio

9:30h às 12h – Mesa Redonda: “Sujeitos, moralidades e políticas públicas”
Expositoras:

  • Daniele Vieira (doutoranda PPGAS/UFSC)
  • Fernanda Cruz (doutoranda PPGAS/UFSC)
  • Tatiana Dassi (doutoranda PPGAS/UFSC)
  • Debatedora: Fernanda Bittencourt Ribeiro (PUC/RS)

Local: Mini-auditóriodo CFH

14h às 17h – Mesa Redonda “Biopolítica e poder da vida”
Expositoras:

  • Ana Paula Müller de Andrade (pós-doutoranda UFPEL)
  • Mirella Alves de Brito (doutoranda PPGAS/UFSC)
  • Debatedora: Sandra Caponi (UFSC)

Local: Mini-auditóriodo CFH

18h – Conferência de Marc Bessin (EHESS/Paris)
Local: Auditório do CFH

12 de março (quarta)

9h às 12h – Mesa Redonda “Gênero, sexualidade e direitos”
Expositoras:

  • Rose Gerber (EPAGRI/SC)
  • Heloísa Souza  (doutoranda PPGAS/UFSC)
  • Isis de Jesus Garcia (doutoranda PPGAS/UFSC)
  • Debatedor: Henrique Nardi (UFRGS)

Local: Miniauditório do CFH

14h às 17h – Mesa Redonda: “Sujeitos e Políticas Públicas”

  • Fernanda Bittencourt Ribeiro (PUC/RS)
  • Henrique Nardi (UFRGS)
  • Sandra Caponi (UFSC)

Local: Miniauditório do CFH

18h – Mesa de Sistematização

  • Esther Jean Langdon (IBP/UFSC)
  • SôniaWeidner Maluf (IBP/UFSC)
  • Alberto Groisman (IBP/UFSC)
  • TheophilosRifiotis (IBP/UFSC)

Local: Miniauditório do CFH

Pesquisadores do Neai/UFAM participam da coletânea “Paisagens Ameríndias”

06/02/2014 17:02

Com a organização dos antropólogos Marta Amoroso e Gilton Mendes dos Santos, o livro Paisagens Ameríndias – lugares, circuitos e modos de vida na Amazônia traz uma série de ensaios com os resultados de pesquisas nas áreas de etnologia, história indígena e antropologia urbana na Amazônia Central e Meridional. Os diversos autores analisam a riqueza e a complexidade das vidas dos habitantes que se cruzam nas paisagens da região. A investigação dessas relações reserva surpresas: descobre-se que em Manaus, por exemplo, o aumento da população indígena pode dever algo ao futebol.

Os textos, entre outros aspectos, indagam os sentidos de vizinhança para a etnia Enawenê-Nawê; percorrem lugares com os sábios kumua Tukano e Baniwa e verificam as classificações que, partindo dos peixes, tratam das relações entre humanos e não-humanos no alto rio Negro; adentram pelo território banhado pelo rio Purus, habitado pelos grupos falantes das línguas arawá e descrevem sistemas de troca e cosmologias em que estão presentes as figuras dos patrões do extrativismo e suas mercadorias; relatam rituais de cura, de iniciação e de outras experiências dos ameríndios.

Organizadores

  • Marta Amoroso é professora de Antropologia (USP) e pesquisadora do Centro de Estudos Ameríndios — CEstA (USP). Suas pesquisas focalizam dois temas centrais: territorialidades indígenas em aldeamentos missionários, e natureza e sociedade na Amazônia Central. Desde a década de 1990 desenvolve pesquisas junto aos Mura da Terra Indígena Cunhã-Sapucaia (rio Madeira, Amazônia). 
  • Gilton Mendes dos Santos é professor do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e coordenador do Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena (NEAI/PPGAS). Conduziu pesquisas por vários anos sobre ecologia e cosmologia entre os Enawene-Nawe, na Amazônia Meridional. Atualmente se dedica à reflexão antropológica em parceria com estudantes indígenas e realiza pesquisas sobre a relação gente – planta na Bacia do Purus; é organizador do livro Álbum Purus (Edua, 2012) e de vários artigos sobre antropologia da natureza.

Coleção Antropologia Hoje

  • Parceria da editora Terceiro Nome e do NAU-USP para a divulgação de trabalhos, ensaios e resultados de pesquisas etnográficas na área da antropologia voltados à dinâmica cultural e aos processos sociais contemporâneos.

Conselho Editorial

  • José Guilherme Cantor Magnani (diretor) – NAU/USP
  • Luiz Henrique de Toledo – UFSCar
  • Renata Menezes – MN/UFRJ
  • Ronaldo de Almeida – Unicamp
  • Luis Felipe Kojima Hirano (coord.) – NAU-USP