INCT Brasil Plural lança nova identidade visual

29/12/2025 11:53

Nova logo do INCT Brasil Plural, desenhada por Matheus Montanari.

A nova marca do INCT Brasil Plural chegou! Entregamos hoje a nova logo, feita por Matheus Montanari, e que faz parte da nova identidade visual do IBP. A partir de hoje, vamos atualizar toda a comunicação do Brasil Plural. Nas redes, nos envios por email, nos documentos impressos e nas produções audiovisuais. A nova identidade foi produzida a partir das conversas com os pesquisadores, observando os objetivos e trabalhos do IBP e também apontando para uma nova fase na comunicação do Instituto.

Em 2026, queremos ampliar a relação do IBP através da comunicação. Não apenas produzindo mais materiais e ampliando a nossa presença nas redes. Mas também buscando aumentar o diálogo e a participação. De pesquisadores e de todas as pessoas interessadas em debater os temas que pesquisamos e que podem impactar de alguma maneira a sociedade. A divulgação científica é um aspecto importante do que o IBP faz e pesquisar com as pessoas já é uma marca do Instituto. Agora queremos ampliar essa ideia e fazer com ela esteja ainda mais presente na comunicação do IBP.

Conta pra gente o que você achou da nova marca do IBP e mande sugestões sobre como podemos melhorar e ampliar a nossa comunicação. Feliz ano novo!

#INCTBrasilPlural #IBP #divulgacaocientifica

Em cerimônia que celebrou 65 anos da UFSC, Jean Langdon recebe título de Professora Emérita

21/12/2025 13:46

Professora Jean Langdon recebe homenagem das mãos do reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza.

Jean Langdon recebeu o título de Professora Emérita da UFSC junto com os colegas professores Rafael Bastos e Miriam Grossi, da Antropologia, e Luzinete Minella, da Sociologia. O título de Professor Emérito é uma das mais altas honrarias da universidade, concedido a docentes aposentados, por seus méritos profissionais, excelência acadêmica e por relevantes serviços prestados à instituição. A cerimônia aconteceu nesta segunda, dia 15, no Centro de Eventos da universidade, do campus central, em Florianópolis.

Professora Jean com o reitor, Irineu Manoel de Souza, e a vice-reitora, Joana Célia dos Passos.

Pioneira nos estudos de xamanismo, antropologia da saúde e povos indígenas, Jean é homenageada por uma carreira que transformou a UFSC em referência internacional nesses campos. A professora Jean coordenou o INCT Brasil Plural por mais de uma década, desde a fundação, e hoje é integrante do Comitê Gestor e Coordenadora Emérita do IBP.

Em sua fala depois de receber o título, Jean agradeceu: “Registro minha gratidão à UFSC, às professoras e professores, às e aos estudantes que me acolheram e me convenceram a ficar; agradeço a quem me apoiou nos períodos de incerteza, ao Departamento de Antropologia que garantiu minha permanência na cidade, aos núcleos que construímos coletivamente e a todas as pessoas que me deram a oportunidade de, ao longo de 42 anos, aprender sobre o Brasil, o pensamento do Sul Global e a importância de uma luta verdadeira pela democracia”.

Reunião do Conselho Universitário que comemora 65 anos da UFSC concede homenagens.

A cerimônia foi realizada em sessão solene do Conselho Universitário (CUn), que estava presente e presidido pelo reitor, Irineu Manoel de Souza, e pela vice-reitora, Joana Célia dos Passos. A solenidade foi transmitida ao vivo pelo canal do CUn no YouTube.

Pela primeira vez, a UFSC concedeu o título de Técnico-Administrativo Emérito — criado e aprovado pelo colegiado neste ano. A honraria pioneira foi entregue às irmãs Helena Olinda Dalri e Ângela Olinda Dalri, à Raquel Jorge Moysés e ao filho de José de Assis Filho (in memoriam). O título de Doutor Honoris Causa foi concedido ao Padre Vilson Groh por construir pontes entre a universidade e as comunidades periféricas de Florianópolis. Dora Lúcia de Lima Bertúlio (in memoriam) foi representada pelo irmão, Max Salustiano de Lima. A Procuradora Federal foi homenageada por contribuir na transformação do pensamento jurídico brasileiro sobre relações raciais e na institucionalização das ações afirmativas no ensino superior.

Professores Eméritos: Luzinete Minella, Rafael Bastos, Jean Langdon e Miriam Grossi.

Pesquisadores do IBP gravam documentário com pescadores de Baía Formosa (RN)

11/12/2025 13:06

Baía Formosa, no Rio Grande do Norte.

Os professores da UFSC Rafael Devos e Gabriel Coutinho Barbosa, pesquisadores do IBP, estiveram na Baía Formosa, no Rio Grande do Norte, realizando pesquisa de campo e gravando imagens para um projeto de documentário que será finalizado em 2026.

O local é um importante porto de pesca artesanal do Nordeste, conhecido pela pesca da albacora, um tipo de atum do Brasil. Os pesquisadores enviaram, com exclusividade ao IBP, trechos das imagens feitas na gravação de dezembro para o documentário.

Clique na foto para assistir trechos em vídeo da pesquisa atual dos professores Rafael Devos e Gabriel Barbosa em Baía Formosa (RN).

Eles acompanharam a pesca para entender as técnicas e saberes dos pescadores sobre a porção marítima desse território brasileiro pouco conhecido. A pesca da albacora ocorre a 22km da costa, no final da plataforma continental do país, que os pescadores chamam de paredes e onde ficam seus pesqueiros chamados de “altos”.

O professor e antropólogo Rafael Devos, que também é vice-coordenador do INCT Brasil Plural, explicou que esses saberes que eles estudam se referem ao modo de vida dos peixes, seu curso, suas viagens por esta porção do território, articulados a marés, ventos e outras condições que propiciam esse encontro. “Os pescadores saem todas as semanas para essa vida na maré, trazendo para o porto histórias e diversidade marinha que estamos conhecendo com eles”.

Em 2024, os pesquisadores lançaram o documentário ‘Maré do Peixe’, sobre a pesca nas praias de Touros (RN) e Baía da Traição (PB). O audiovisual em andamento é a continuidade dessa pesquisa em outro porto de pesca e com outros pescadores. O filme ‘Maré do Peixe’ tem 40 minutos e está disponível em link aberto na plataforma Vimeo. O link também está disponível na nossa bio no Instagram (@inctbrasilplural).

#INCTBrasilPlural #IBP #PPGASUFSC #PPGASUFSC40anos #UFSC65anos #Antropologia

 

 

Jean Langdon recebe título de Professora Emérita da UFSC na segunda, dia 15

11/12/2025 10:37

Nova data da cerimônia é 15 de dezembro, segunda.

Foi remarcada para a próxima segunda, dia 15 de dezembro, a cerimônia em comemoração aos 65 anos da UFSC e que vai conceder títulos de Professor Emérito e Honoris Causa, incluindo a homenagem à Professora Jean Langdon. O evento começa às 9h30, no Auditório Garapuvu do Centro de Eventos da UFSC. A UFSC havia cancelado atividades presenciais no dia inicialmente marcado em razão das fortes chuvas na região.

Jean é professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) há mais de 40 anos e uma das fundadoras do PPGAS da universidade e do INCT Brasil Plural. A professora é referência nas pesquisas sobre saúde indígena e xamanismo. O título de Professora Emérita é uma das mais altas honrarias da universidade, concedido a docentes aposentados, por seus méritos profissionais, excelência acadêmica e por relevantes serviços prestados à instituição. A cerimônia será no Centro de Eventos da universidade, que também irá comemorar os 65 anos da UFSC. Haverá transmissão on-line e o link está na nossa bio.

Nascida nos Estados Unidos, a professora Jean mora no Brasil desde 1983. Ela se formou em Sociologia e Antropologia no Carlton College (EUA) e fez mestrado na Universidade de Washington (EUA). Realizou pesquisa de campo sobre xamanismo e cosmologia na Colômbia entre 1970 e 1974. Com base nesta pesquisa, a antropóloga obteve o doutorado na Tulane University, nos Estados Unidos em 1974. A tese foi sobre a relação entre cosmologia, doença e práticas cotidianas entre os indígenas Siona, da Colômbia.

Atualmente é Professora da UFSC, onde trabalha desde 1983. Jean Langdon foi coordenadora do INCT Brasil Plural de 2009, quando foi criado, a abril de 2025. Atualmente ela é coordenadora emérita e faz parte do Comitê Gestor. Em 2023, a Editora da UFSC publicou o livro Uma antropologia da práxis, com textos de mais de 40 autores que celebram a obra e a trajetória da pesquisadora.

Na mesma cerimônia, a UFSC vai homenagear outros professores com título de eméritos como Rafael Bastos, fez parte do IBP desde a fundação, Miriam Pillar Grossi e Luzinete Simões Minella. Padre Vilson Groh será homenageado com o título de Doutor Honoris Causa.

A cerimônia pode ser acompanhada de forma presencial por todos os interessados e ainda será transmita ao vivo aqui.

#UFSC65ano #INCTBrasilPlural #IBP

UFSC suspende atividades presenciais dia 9 em razão das chuvas na região

09/12/2025 18:25

Evento adiado em razão das chuvas e ainda sem nova data.

Foi adiada a realização da cerimônia em comemoração aos 65 anos da UFSC e que concederia títulos de Professor Emérito e Honoris Causa, incluindo a homenagem à Professora Jean Langdon. A UFSC cancelou as atividades presenciais desta terça, dia 9, em razão da previsão de fortes chuvas para a região. Ainda não foi divulgada nova data.

Mylene Mizrahi fala na UFSC sobre como narrar a periferia no Rio de Janeiro

03/12/2025 10:42

Professora Mylene Mizrahi da PUC-Rio.

A professora Mylene Mizrahi (PUC-Rio) faz uma palestra na UFSC nesta quarta, dia 3, com o tema “Como narrar a periferia do Rio de Janeiro”. A professora da PUC-Rio fala sobre a criminalização do funk e de como a cidade produz modos próprios para narrar o que é ser periférico. ‘’Sugiro assim que o Rio de Janeiro é regido por uma ‘utopia das conexões’ e que o funk carioca fornece o material para a subjetivação periférica’’. A palestra começa às 16h, no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

A professora faz uma análise a partir desses dois estilistas. “Me volto para os discursos verbais, visuais e sonoros de dois estilistas periféricos cariocas para propor que a moda que criam encapsula memória, parentesco, localidade e história’’, diz Mylene Mizrahi.

Mylene Mizrahi é autora de A estética funk carioca: criação e conectividade em Mr. Catra (2014) e de Figurino Funk: roupa, corpo e dança em um baile carioca (2019). Ela publicou vários artigos sobre esses temas e arte, educação e juventude, e tem atuado criticamente na discussão sobre a criminalização do funk.

A promoção da palestra da professora Mizrahi é do GESTO – Grupo de Estudos em Oralidade e Performance, ligado à rede de pesquisa do INCT Brasil Plural.

Jean Langdon vai receber título de Professora Emérita da UFSC no dia 9

01/12/2025 12:39

Professora Jean Langdon em pesquisa de campo com os Siona em Buenavista, na Colômbia.

A antropóloga Esther Jean Langdon vai receber o título de Professora Emérita da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em cerimônia marcada para o dia 9 de dezembro. Jean é professora da UFSC há mais de 40 anos e uma das fundadoras do Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da universidade e do INCT Brasil Plural. Jean é referência nas pesquisas sobre saúde indígena e xamanismo. O título de Professora Emérita é uma das mais altas honrarias da universidade, concedido a docentes aposentados, por seus méritos profissionais, excelência acadêmica e por relevantes serviços prestados à instituição. A concessão do título será feita em cerimônia solene, no Centro de Eventos da universidade, que também irá comemorar os 65 anos da UFSC. Haverá transmissão ao vivo da cerimônia no link https://bit.ly/ufsc65anos.

Professora e Antropóloga Jean Langdon.

Nascida nos Estados Unidos, a professora Jean mora no Brasil desde 1983. Ela se formou em Sociologia e Antropologia no Carlton College (EUA) e fez mestrado na Universidade de Washington (EUA). Realizou pesquisa de campo sobre xamanismo e cosmologia na Colômbia entre 1970 e 1974. Com base nesta pesquisa, a antropóloga obteve o doutorado na Tulane University, nos Estados Unidos em 1974. O enfoque da sua tese de doutorado foi a relação entre cosmologia, doença e práticas cotidianas entre os indígenas Siona, da Colômbia.

Atualmente é Professora Titular na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde trabalha desde 1983. Jean Langdon coordenadora do INCT Brasil Plural de 2009, quando foi criado, a abril de 2025. Atualmente ela é coordenadora emérita e faz parte do Comitê Gestor.

Ao divulgar a honraria, a universidade destacou a atuação fundamental da professora Jean na internacionalização da UFSC e no fortalecimento das Ciências Humanas no Brasil. O site da UFSC indica entre as contribuições da antropóloga, os estudos pioneiros em xamanismo, antropologia da saúde e com povos indígenas, especialmente as populações amazônicas, como os Siona. ‘’Sua atuação no campo da saúde indígena foi decisiva para a consolidação dessa área no Brasil, influenciando tanto o meio acadêmico quanto a formulação de políticas públicas’’. Em 2022, Jean Langdon recebeu o Prêmio de Excelência Acadêmica da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS). Em 2023, a Editora da UFSC publicou o livro Uma antropologia da práxis, com textos de mais de 40 autores que celebram a obra e a trajetória da pesquisadora.

Na mesma cerimônia, os professores Rafael José de Menezes Bastos, Miriam Pillar Grossi e Luzinete Simões Minella também receberão o título de professores eméritos da UFSC. O antropólogo e professor titular da UFSC, Rafael Bastos, fez parte do IBP desde a fundação e é precursor dos estudos das músicas indígenas no Brasil. A antropóloga Miram Grossi também é professora titular da UFSC, no Departamento de Antropologia, e fundadora do Núcleo de Identidades de Gênero e Subjetividades (NIGS). Luzinete Minella é professora titular do Departamento de Sociologia e Ciência Política e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH). Além disso, ao Padre Vilson Groh e à Dora Lúcia de Lima Bertúlio (in memoriam) serão concedidos títulos de Doutor Honoris Causa, que são destinados a personalidades eminentes, independentemente de possuírem diploma universitário, que tenham se destacado em áreas como artes, ciências, filosofia, letras, promoção da paz ou causas humanitárias.

Serviço:

O quê: Cerimônia de entrega do título de professora emérita.

Onde: Auditório Garapuvu do Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Quando: 09/12/2025, terça-feira.

Hora: 14h

‘’Antropologia e danças’’ faz aula aberta no CFH

28/11/2025 08:52

Professoras Deise Lucy Montardo e Karin Veras participaram da aula aberta da professora Silvia Loch, em novembro, e falaram da sua experiência com dança e antropologia.

A disciplina ‘Antropologias e Danças’, ministrada pela professora Silvia Loch, promoveu uma aula aberta em novembro convidando para participar as professoras, dançarinas e pesquisadoras Deise Lucy Montardo e Karin Veras. O público, de estudantes e convidados, conheceu melhor as pesquisas que elas realizaram junto aos povos Guarani e Matipu, respectivamente.

Elas também falaram um pouco sobre as pesquisas realizadas no Núcleo de Estudos Arte Cultura e Sociedade na América Latina e Caribe, o MUSA, e com o professor Rafael Bastos, fundador do núcleo. Deise Lucy Montardo e Silvia Loch são pesquisadoras do INCT Brasil Plural na rede Arte e Performance.

Professora Deise Montardo em participação na aula aberta da disciplina ‘Antropologias e Danças’.

Turma da disciplina ‘Antropologias e Danças’, da professora Silvia Loch.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

#INCTBrasilPlural #IBP #pesquisaantropologica #dancaeantropologia

Pesquisa do PPGAS é base para exposição virtual no Arquivo Histórico de Caxias do Sul

26/11/2025 12:15

Foto da década de 1940, reproduzida da exposição virtual ”Raça, arquivos e resistência”, que faz parte do acervo do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami (AHMJSA), de Caxias do Sul (RS).

A dissertação de mestrado de Éder dos Santos Braz, realizada no PPGAS da UFSC, sobre a história da presença negra na cidade de Caxias, no Rio Grande do Sul, está sendo utilizada como base para um projeto do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami (AHMJSA) . Éder pesquisou fotografias do cotidiano de pessoas negras que fazem parte do acervo do Arquivo Histórico da cidade, conhecida pela imigração italiana. O pesquisador trabalhou com a invisibilidade e com vestígios da presença negra em imagens locais preservadas na instituição. ‘’Ao fazer a pesquisa, percebi que não era um arquivo de pessoas brancas, mas sim um arquivo embranquecido’’, explica Éder. ‘’Havia diversas narrativas negras, muitas ainda em negativos fotográficos e outras sem descrições ou legendas que favorecessem o acesso. Pelo contrário, algumas legendas reforçavam o apagamento das pessoas nas imagens’’.

“Retrato de Zezé” identifica a foto que faz parte do acervo do AHMJSA e da exposição virtual sobre a história da presença negra no Rio Grande do Sul.

A partir dessas reflexões e utilizando trechos da dissertação de Éder Braz, o próprio Arquivo Histórico de Caxias, em parceria com o Núcleo Qualificar a Educação para as Relações Étnico-Raciais da Secretaria Municipal da Educação (QuERER/SMED) e o Conselho Municipal da Comunidade Negra de Caxias do Sul (COMUNE), montou o projeto ‘’Raça, arquivos e resistência’’, no formato de uma exposição virtual permanente. Foram reunidas imagens dessa presença negra, que fazem parte do acervo da instituição, em uma exibição virtual que apresenta e debate histórias e imagens.

Além de proporcionar esse conhecimento e realizar o debate com os visitantes, a ideia é tratar da importância de que acervos e arquivos evidenciem as memórias da população negra e a produção de narrativas livres de estigmas racistas historicamente construídos. ‘’A mostra propõe o compartilhamento de documentos recatalogados que partem da preservação e da pesquisa de memórias negras e avançam para práticas de educação, difusão e produção artística, na luta por um futuro antirracista”, explica a diretora do AHMJSA, Catiuscia Xavier. A equipe do Arquivo Histórico promete constante atualização da exposição com mais itens ‘’à medida em que os acervos sejam descritos e normatizados’’.

Éder defendeu a dissertação de mestrado em 2025 com o título “Trajetórias de famílias negras da cidade de Caxias do Sul: encontros a partir de fotografias de acervo e objetos de afeto”. O pesquisador conta que havia um debate inicial na instituição pela busca de narrativas não brancas. ‘’A pesquisa contribuiu para amplificar e tensionar essa mudança, que já deveria ter acontecido há anos’’, reflete o pesquisador. ‘’Como disse meu orientador, as pesquisas movimentam essas mudanças”. A dissertação de Eder foi orientada no PPGAS/UFSC pelo professor Rafael Devos, vice-coordenador do INCT Brasil Plural, e teve apoio do Instituto para a realização da pesquisa de campo. ”A exposição é a confirmação de que conseguimos alcançar o objetivo de sensibilizar a instituição’’, diz o agora mestre, Eder Braz. ‘’O fato de eu ter feito a pesquisa no Arquivo, passado alguns dias buscando fotografias negras nos acervos da instituição, conversando com os servidores, e depois a dissertação ter sido concluída, acredito tudo isso colaborou para que repensassem o próprio acervo”.

Serviço:

A exposição virtual ‘’Raça, arquivos e resistência’’ foi lançada em 19 de novembro e pode ser acessada no site do Arquivo Histórico Municipal João Spadari Adami (AHMJSA).

📸 As imagens publicadas são do acervo do AHMJSA e fazem parte da exposição virtual.

Foto do acervo do AHMJSA, identificada como ”Festa de Natal de todos os setores da Comissão Municipal de Amparo à Infância [COMAI]”, de Caixas do Sul, com data de 1968.

Foto do acervo do AHMJSA e da exposição virtual “Raça, arquivos e resistência”, sem identificação.

Livro reúne artigos e celebra os 80 anos do antropólogo e professor Rafael Bastos

24/11/2025 12:01

Professor Rafael Bastos lança o livro ”Ritual, Arte e Política entre os povos indígenas na América do Sul”.

Será lançado esta semana, no CFH, o livro que celebra os 80 anos do antropólogo e professor Rafael Bastos. O pesquisador, que estará presente ao lançamento, é precursor dos estudos das músicas indígenas no Brasil e integrou o IBP desde a sua fundação. ‘’Ritual, Arte e Política entre os povos indígenas da América do Sul’’ reúne textos de referência do antropólogo, publicados em diferentes obras ao longo da carreira. São artigos importantes, até agora dispersos em numerosas publicações, a respeito das expressões e políticas dos povos ameríndios.

O livro é composto por quatro blocos temáticos: Ritual, xamanismo e percepção; Música indígena como ação política; Alto Xingu, território indígena; Outras escutas da música indígena no Brasil. O lançamento acontece nesta sexta, dia 28, às 18h30, no auditório do Bloco E (anexo) do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFSC.