“Expedição Purus” tem relatório apresentado pelo NEAI

26/05/2013 21:36

O Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena (NEAI/PPGAS/UFAM) acaba de divulgar o “Relatório Final Expedição Purus 2012”. O trabalho reuniu pesquisadores em torno de projetos coletivos. Um desses projetos é o “Sistemas Produtivos no Médio Purus, integrante da rede de pesquisa (Política e redes) x (Heterogêneas e comparadas) e coordenado pelo professor Gilton Mendes dos Santos com apoio do Instituto Brasil Plural (IBP) e financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (FAPEAM) e CNPq.

De acordo com a apresentação do relatório: “A somatória de todos estes interesses de estudos e pesquisas sobre os povos indígenas do Purus, levados adiante pelo NEAI, estimulou a formação de uma viagem mais abrangente (expedição) de cunho exploratório, de modo a envolver outros jovens pesquisadores, abordando diferentes temas de interesses do núcleo, sendo todos tributários dos referidos projetos coletivos. A expedição envolveu objetivos que se cruzaram e se complementaram – indo dos sistemas produtivos, como a coleta de castanha e os roçados de mandioca, passando pelo estudo das especificidades da vivência de algumas populações indígenas do rio, até um levantamento sobre a documentação histórica com vistas ao entendimento do avanço das frentes extrativistas na região”.

CONHEÇA O RELATÓRIO

Pesquisa sobre mulheres pescadoras será defendida na UFSC, na próxima quinta

07/05/2013 16:58

A pesquisa de doutorado em Antropologia de Rose Mary Gerber foi apoiada pelo Brasil Plural e tem como título “Mulheres e o Mar: Uma etnografia sobre pescadoras embarcadas na pesca artesanal no Litoral de Santa Catarina, Brasil”. A autora acompanhou pescadoras embarcadas e em outras atividades envolvendo a pesca e seu trabalho “diz respeito a questões sobre reconhecimento e (in)visibilidade de mulheres na pesca, observando que em meio aos constantes (a)sujeitamentos, elas vêm se construindo como sujeitos, pescadoras, em que o riso, o bom humor e a jocosidade são táticas de sobrevivência e de duração“.

 

MULHERES E O MAR:

Uma etnografia sobre pescadoras embarcadas na pesca artesanal no Litoral de Santa Catarina, Brasil

Doutoranda: Rose Mary Gerber

Data Defesa: 09 de maio de 2013, 14 horas, Sala 110 PPGAS/CFH/UFSC

Banca Examinadora:

Profª Dra. Sônia Weidner Maluf – PPGAS/UFSC (Orientadora)

Profª Dra Soraya Fleischer – PPGAS/UnB

Profª Dra Cristiani Bereta da Silva – PPH/UDESC

Profª Dra. Miriam Hartung – PPGAS/UFSC

Profº Dr. Rafael José de Menezes Bastos – PPGAS/UFSC

Profº Dr. Rafael Devos – PPGAS/UFSC

Suplentes:

Profª Dra. Carmen Suzana Tornquist (UDESC)

Profª Dra. Maria Regina Lisboa (UFSC)

Resumo: Esta é uma tese sobre pescadoras embarcadas na pesca artesanal no Litoral de Santa Catarina, Sul do Brasil. Afirmar que estas mulheres atuam como embarcadas na pesca artesanal implica dizer que trabalham em embarcações pequenas, entre três e nove metros de comprimento, se deslocando ao mar e retornando à terra diariamente em períodos que oscilam de três a dezesseis horas. Diferenças que compõem os saberes-fazeres da denominada pesca artesanal em que as pescadoras se deparam com elementos agentes que interferem diretamente o cotidiano da pesca e a sua relação com o mar, fonte de renda, mas também de fuga e terapia. Emergem, no decorrer da tese, questões relacionadas às suas vidas, como o aprendizado e o trabalho, o gosto pela pesca, corpos e corporalidade, a circularidade entre diferentes saberes na relação entre pescadoras e extensão rural. O fulcro da tese diz respeito a questões sobre reconhecimento e (in)visibilidade de mulheres na pesca, observando que em meio aos constantes (a)sujeitamentos, elas vêm se construindo como sujeitos, pescadoras, em que o riso, o bom humor e a jocosidade são táticas de sobrevivência e de duração.

Palavras-chave: pescadoras; pesca artesanal; corpos; sujeitos; (in)visibilidade.


CICLO DE CINEMA TRÂNSITOS CONTEMPORÂNEOS

05/05/2013 15:48

10 de maio – Trânsitos Contemporâneos apresenta “O CELULOIDE SECRETO”. Sexta-feira – 14h30 – Sala 110 (Depto Antropologia)

TRANSES – Núcleo de Antropologia do Contemporâneo/PPGAS/UFSC convida:

Ciclo de Cinema e Debates Trânsitos Contemporâneos

apresenta

O celuloide secreto

(de Rob Epstein & Jeffrey Friedman, documentário, FRA/UK/EUA/ALE, 102’, 1995)

O documentário entrevista vários homens e mulheres conectados à indústria cinematográfica de Hollywood para comentar várias passagens nos filmes e suas próprias experiências pessoais em como lidar e atuar com e como personagens LGBT. Dos personagens afetados à censura do Código de Produção de Hollywood, também conhecido como Código Hays, dos personagens implicitamente homossexuais, dos cruéis estereótipos aos progressos conquistados na década de 1990.

O Ciclo de Cinema e Debates Trânsitos Contemporâneos é uma realização do Núcleo de Antropologia do Contemporâneo (TRANSES), da UFSC, e tem como objetivo abrir um espaço de diálogo crítico sobre questões do tempo presente a partir da exibição de filmes e posterior debate entre comentadores convidados e a plateia. Outras informações: , ,

Professor da UFSC e pesquisador do IBP palestra na Inglaterra sobre o ayahusca

24/04/2013 17:11

O professor Alberto Groisman, do Departamento de Antropologia da UFSC e pesquisador do Instituto Brasil Plural, tem participado de palestras no Reino Unido em que divulga as pesquisas que realiza há mais de duas décadas sobre os usos do ayahuasca em grupos urbanos. Groisman está como pesquisador visitante na University of Canterbury e foi convidado pelo diretor do Centre of Biocultural Diversity (CBCD), Dr. Rajindra Puri, a participar de um ciclo de leituras onde apresentou o trabalho “Ayahuasca and Mental Health: Religion, Agency and Ethnography”.

Profa. Sônia Maluf, coordenadora executiva do IBP, faz a aula inaugural do PPGAS/UFAM

07/04/2013 23:06

“Por uma antropologia do sujeito: da Pessoa aos modos de subjetivação” é o tema da aula que será ministrada pela Profa. Dra. Sônia Weidner Maluf, docente vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social – PPGAS e Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas – PPGICH, ambos da UFSC e Coordenadora Executiva do Instituto Brasil Plural (INCT/CNPq),

09/04/2013 (terça-feira), das 14 h às 18 h, no Auditório Rio Negro – ICHL, no Campus da UFAM, situado na Avenida General Rodrigo Octávio, 3000, Bairro Aleixo.

Exposição “Ticuna em dois tempos” no Museu Amazônico da UFAM

04/04/2013 19:14

O Museu Amazônico da UFAM, o Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC (MArquE) – Oswaldo Rodrigues Cabral, juntos no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – INCT/ Instituto Brasil Plural (CNPq/FAPEAM/FAPESC) abrem, dia 10 de abril, a exposição: Ticuna em dois tempos. Paralelo entre duas épocas: objetos indígenas coletados pelo antropólogo catarinense Sílvio Coelho na Amazônia dos anos 60 ao lado da coleção do artista plástico amazonense Jair Jacqmont reunida nos anos 70.

A abertura da exposição será no dia 10 de abril de 2013 e permanecerá no Museu Amazônico até o dia 31 de outubro de 2013. O horário de visitação será de segunda a sexta-feira, das 9:00 às 17 horas.

 

A exposição Ticuna em dois tempos traz o resultado de duas histórias de amor e homenagem ao mais numeroso Povo Indígena do país, os Ticuna. A exposição cruza dois olhares de duas épocas distintas em duas coleções produzidas com critérios e objetivos diferentes sobre a mesma etnia, os Ticuna, originários do Povo Magüta, que vivem na região do Alto Solimões, na Amazônia, na tríplice fronteira Brasil, Colômbia e Peru. De um lado, o olhar do historiador e antropólogo catarinense Sílvio Coelho dos Santos, que reuniu sua coleção quando participou de expedição à Amazônia do Curso de Especialização em Antropologia do Museu Nacional, na década de 1960. De outro, o olhar estético do artista plástico Jair Jacmont, que formou sua coleção na década de 1970, adquirindo os objetos dos próprios índios, na cidade de Manaus.

As duas coleções, juntas, foram exibidas pela primeira vez ao público no Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC e fascinaram pela beleza e expressividade. A exposição conjunta é um projeto alimentado há longa data pelas duas instituições de extremos opostos do Brasil, com o objetivo de promover o diálogo entre esses dois reveladores olhares para a mesma cultura.

No Museu Amazônico a exposição terá como marca a participação dos Ticuna moradores da cidade de Manaus, da Associação Cultural Wotchimaücü, em atividades previstas para acontecer no decorrer do período de seis meses. Estão previstas mesas-redondas, palestras, oficina de vídeo e curso de extensão de língua Ticuna, com divulgação no decorrer do semestre.

O artista plástico amazonense Jacqmont, que se inspira nos Ticuna para produzir seus quadros, começou a colecionar as peças de arte indígena que as elites da região consideravam “panema” (azar) dentro de casa. Influenciado pelo movimento cubista na arte, Jair Jacqmont passou a observar tridimensionalidade, textura, cores, formas e conceitos das peças indígenas, como Picasso fez com máscaras e estátuas dos povos africanos. Passou a comprar no Mercado Municipal Adolpho Lisboa, em Manaus, peças Ticuna que os vendedores consideravam “artesanatos”, valorizando-as como genuínas obras de arte, sobretudo pela sua tridimensionalidade. Assim reuniu135 peças, entre esculturas antropomorfas e bastões de ritmo e de comando usados para danças e rituais, além de uma considerável quantidade de máscaras esculpidas em madeira. Este acervo foi adquirido do colecionador pelo Museu Amazônico da Universidade Federal do Amazonas em 1996, esteve em exposição no Marque da UFSC durante o ano de 2012. A exposição Ticuna em dois tempos está agora no Museu Amazônico da UFAM, como parte da parceria entre os museus universitários do Amazonas e de Santa Catarina, por meio da rede de pesquisadores do INCT Brasil Plural.

 

PROGRAMAÇÃO – TICUNA

19h – Abertura – Museu Amazônico

Fala: Profa Dra. Maria Helena Ortolan (Diretora do Museu Amazônico)

MArquE – Museu de Arqueologia e Etnologia

Fala: Cristina Castellano (Pesquisadora do MArquE na rede IBP sede UFSC)

Fala: Ana Lídia Brizola (Pesquisadora do MArquE na Rede IBP sede UFSC)

INCT/Instituto Brasil Plural

Fala:– Profa Dra Sônia Maluf (Coordenadora Geral do IBP sede UFSC)

Fala: – Profa Dra Deise Lucy Oliveira Montardo (Coordenadora IBP sede UFAM)

Fundação de Amparo a Pesquisa – FAPEAM

Associação Cultural Ticuna Wotchimaucü

Fala: Representante

Universidade Federal do Amazonas

Fala: Profa Dra. Marcia Perales – Reitora

19:30 h –  Apresentação Cultural – Dança Ticuna

 

Local: Museu Amazônico – UFAM

Período de visitação: 11 de abril a 31 de outubro

De segunda à sexta, das 9h às 17h.

 

Fotografias de Hans Denis Schneider – acervo Museu Amazônico, Coleção Jair Jacqmont

Livro sobre cotas traz a experiência da UFSC

03/04/2013 12:38

A Rede de Ação Afirmativa, que reúne pesquisadores de universidades brasileiras em torno da temática das cotas no ensino superior, acaba de lançar a coletânea O impacto das cotas nas universidades brasileiras (2004-2012). O trabalho que apresenta a experiência da UFSC, “Impacto das ações afirmativas na Universidade Federal de Santa Catarina (2008-2011)”, é assinado pela professora Antonella Maria Imperatriz Tassinari, do Departamento de Antropologia da UFSC e pesquisadora do IBP, e pelos professores Marcelo Henrique Romano Tragtenberg, Alexandra Crispim Boing e Antonio Fernando Boing, do INCT de Inclusão no Ensino e na Pesquisa (INCTI), parceiro do IBP, através da rede de pesquisa Saberes: Arte, Educação, Línguas, Território e Etnicidades Indígenas, coordenada pela professora Antonella.

Pesquisas do IBP integram coletânea lançada na Espanha

23/03/2013 14:44

A coletânea de artigos Ayahuasca y Salud, organizada por Beatriz Caiuby Labate e José Carlos Bouso, recém lançada pela editora espanhola La Liebre de Marzo, conta com uma série de artigos com enfoques múltiplos das ciências humanas, biomédicas e de relatos de usuários para abordar concepções indígenas, mestiças e ocidentais sobre saúde, enfermidade e cura relacionada com o consumo de ayahuasca. Entre os artigos, está o da professora Esther Jean Langdon, coordenadora do IBP e do grupo de pesquisa “Saúde: Práticas Locais, Experiências e Políticas Públicas”, intitulado “La eficacia simbólica de los rituales: del ritual a la performance”. Do mesmo grupo vem a pesquisa que originou o artigo de Isabel de Rose, “Cura espiritual, biomedicina e intermedicalidad en el Santo Daime”, resultante de sua pesquisa de doutorado no PPGAS/UFSC. Tambérm do IBP, o professor Alberto Groisman assina o artigo “Salud, riesgo y uso religioso en disputas por el estatus legal del uso del ayahuasca: implicaciones y desenlaces de procesos judiciales ocurridos en los Estados Unidos”.

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